A triste história de Maria Antonieta: A rainha que morreu na guilhotina na França

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 Maria Antonia Josefa Juana, mas conhecida como Maria Antonieta de Áustria, foi uma princesa arquiduquesa da Áustria e rainha da França e de Navarra. 
Decima quinta e penúltima filha de Francisco I do Sacro Império Romano Germânico e da imperatriz Maria teresa I da Áustria, se casou em 1770,  aos catorze anos com o então Futuro Luis XVI da França, em uma tentativa de estreitar aos laços entre dois inimigos históricosa
Detestada pela corte francesa, onde a chamavam de "L'autre-chienne" (uma paranomásia em francês das palavras "autrichienne", que significa austríaca e "autre chienne" que significa "outra cachorra"), Maria Antonieta também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de derrochadora, presumida e de influir seu marido em prol dos interesses austríacos. Não em vão ganhou os apelativos de "Madame Déficit e loba austríaca.
Depois da fuga de Varennes, Luis XVI foi deposto, a monarquia abolida o 21 de setembro de 1792 e a família real presa na torre do templo.
Novo meses depois da execução de seu marido, Maria Antonieta foi julgada, condenada por traição e guilhotinada em 16 de outubro de 1793.
Depois de sua morte, Maria Antonieta se converteu em parte na cultura popular e em uma figura histórica importante. Alguns acadêmicos e estudiosos pensam que seu comportamento considerado como frívolo e superficial ajudou a aumentar a agitação durante o início da Revolução francesa; porém, outros historiadores alegam ter sido injustamente retratada e que as opiniões deveriam ser mais benévolas.

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Filha do imperador do Sacro Império Romano Germânico Francisco I, Grande duque de Toscana e de sua esposa Maria Teresa I, arque duquesa da Áustria, rainha da Hungria e rainha da Boemia,  nasceu em 2 de novembro de 1755. 
É a decimo quinta e penúltima filha do casal imperial. Dela se encarregam as aias. Governantas da família real (Mme de Brandeiss e a severa Mme de Lerchenfeld), sob a estreita supervisão da Imperatriz, que tem ideias muito básicas sobre a educação dos filhos; higiene severa, regime estreito sobre a educação dos filhos: higiene severa, regime estreito e fortalecimento do corpo, em Viena.
A imperatriz  se esforça para causar sua filha com neto mais velho do rei Luis XV, Luiz Augusto e futuro Luis XVI, que tem mais ou menos a mesma idade que ela. Ao mesmo tempo Maria Teresa acaricia a idéia de unir a outra de suas filhas, Isabel, com o velho Luis XV. Trata-se de selar a aliançça franco-austríaca nascida da famosa caída das alianças concentrada em 1756 pelo tratado de Versalhes, com o fim de neutralizar a ascensão da Prússia e a expansão da Inglaterra.
Em 1766 nomeada por sua mãe da Orgem da Cruz Estrelada.

a historia da rainha maria antonieta da frança

Quando Maria Antonieta tinha 13 anos, a imperatriz se interessa mais por sua educação com o fim de casar-la. A arqui-duquesa toma lições da chava com Gluck e de baile francês com Noverre.
Quando sua mãe elege, quando sua mãe escolhe dois atores para lhe dar aula de dicção e de canto, o embaixador francês protesta oficialmente (os atores passam a então por ser personagens pouco recomendáveis).
Maria Teresa I lhe pede então que nomeie a um preceptor aceitado pela coroa da França. Será o abade de Vermond, admirador do Século das luzes e adimirador das belas artes quem, enviando a corte imperial, ia reparar as lagoas na educação da jovem arquiduquesa e começar a preparar-la para suas futuras funções.

Em 13 de junho de 1769, o marquês de Durfort, embaixador da França em Viena. Maria Teresa I aceita de imediato. Na França o partido devoto, hostil pela caída das alianças levadas a cabo pelo duque de Choiseul em favor do inimigo eterno, já chama a futuro delfina, a Austríaca, apelido que havia sido dado pelas filhas do rei Luis XV.

 DELFINA DA FRANÇA



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Em 17 de abril de 1770, Maria Antonieta renuncia, oficialmente, a seus direitos sobre o nome austríaco e em 16 de maio se casa com o Delfin de Versalhes.
No mesmo dia de boda se produz um escandá-lo de protocolo:

As princesas de Lorena, alegando seu parentesco com a nova delfina, foi permitida dançar antes que duquesas, grandes damas da nobreza, que murmuram contra a austríaca.
Essa mesma tarde 132 pessoas morreram com consequência na cerimonia do casamento.
Jovem bela, inteligente, herdeira de Habsburgo e como um árore genealógico impressionante, sua chegada aviva também a inveja do pequeno mundo da nobreza de versalhes e das várias e duvidosas alianças.
A jovem delfina tem medo de não se acostumar com sua nova vida. Seu espírito se dobra mal a complexida e a astúcia da inveja da corte e a liberdade do rei Luis XV e de sua Amante Madame du Barry. Seu marido, tímido e reservado a evita, pelo que o matrimônio não se consuma até julho de 1777.
Ela trata de conformar ao protocolo e a cerimônia francesa mais aborre a corte gala.
Por outra parte, Maria Antonieta é aconselhada através da voluminosa correspondência que mantêm com sua mãe e com o conde de Mercy-Argenteau, embaixador da Áustria em Paris, a única pessoa com a qual pode contar, já que Choiseul foi despendido de sua acusação meses depois do matrimônio. 
Essa famosa correspondência secreta de Mercy-Argenteau é uma fonte de informação extra-ordinária sobre todos os detalhes, da vida de Maria Antonieta depois de seu matrimônio em 1770 até o falecimento de Maria Teresa I da Áustria em 1780. Segundo o autor de um livro no qual se recolhe tal correspondência:
Esses documentos originais não somente nos revelam sua entimidade,  também como Maria Antonieta, desprovido de experiência e falta da cultura política, foi manipulada por sua família austríaca na qual esteve sempre unida.



RAINHA DA FRANÇA


Maria Antonieta rainha da frança


Em 10 de maio de 17744, Luis XVI e Maria Antonieta se convertem nos reis da França e de Navarra, mais seu comportamento não muda muito.
Desde o verão de 1777 as primeiras canções hostis, como Pequena rainha de vinte anos, começaram a circular. Maria Antonieta se rodeia de uma  pequena corte de favoritos (a princesa de Lamballe, o barão de Bensenval, o duque de Coigny, a condesa de Polignac) levantando as invejas de outros cortesões, multiplica seu vestuário e as festas, organiza partidas de cartas nas quais se realizam grandes apostas.
Realiza-se um novo protocolo mais luxuoso e mais pessoal para esse fim. São levadas diferentes damas da corte da França e se lhes estabelece um salário digno da corte francesa.


A VIDA DE MARIA ANTONIETA NA CORTE


maria antonieta na corte francesa


Maria Antonieta tenta influir na política do rei nomeado e destituindo ministros caprichosamente ou seguindo os conselhos interessados de seus amigos. Assim, por uma arrogância, se intrometer no caso Guines (embaixador em Londres, acusado de uma conspiração para levar a França na guerra), que provoca a caída em desgraça de Turgot. O barão Pichler, secretário de Maria Teresa I, resume com muito tato da opinião geral e escreve:

Ela não quer ser governada, nem dirigida, nem sequer guiada pelas pessoas entendidas. Essa é a questão para a qual todos seus pensamentos parecem, até o presente, estar concentrados.
Fora disso, não reflexiona muito, e o uso tem feito, até o momento, de sua independência é evidente, pois somente recuperou da diversão e frivolidade.
Uma verdadeira campanha de desprestigio se monta contra ela desde seu Ascenso ao trono. Circularam os panfletos, acusa de ter amantes (o conde de Artois, seu cunhado ou o conde sueco Hans Axel de Fersen) e inclusive de manter relações com mulheres (com a condesa de Poligmac ou princesa de Lamballe); de desperdício ou dinheiro público em frivolidades ou em seus favoritos; de lhe seguir o jogo a Áustria, dirigida por seu irmão José II.
Tem que reconhecer, no entanto, que ela fez de fato todo o possível para favorecer ao partido anti-austríaco, despondo sua acusação a D' Aiguillon e substituindo-o por Choiseul, mais todo havia sido em vão. Versalhes fica vazio, fogem os cortesões desdenhados pela rainha e os que não têm os meios suficientes para suster os gastos da Corte.
Em 19 de dezembro de 1778, Maria Antonieta tem seu primeiro filho, uma menina, Maria Teresa, chamada Madame Royale. Em 22 de outubro de 1781 nasceu o delfin Luis José (chamado Luiz José Javier Francisco). As difamações correram rápidas a noticia de que o menino não é filho de Luis XVI. Depois os nascimentos, Maria Antonieta muda um pouco sua forma de vida, mas segue de perto da à construção do Hameau em Versalhes, uma aldeia em miniatura na qual a rainha acredita descobrir a vida campestre. Dedica-se a caridade. O 27 de março de 1785 nasceram seu terceiro filho, Luis-Carlos (Luis XVII), que da Normandia. Em 9 de junho de 1787 nasceu sua última filha. Sofia Beatriz (Maria Sofia Helena Beatriz) que morreu com um ano de vida de tuberculoses em 19 de julho de 1788.
Grande parte do que conhecemos desse período se deve as Memorias de Madame Campam, a principal confidente da rainha.

Em julho de 1785 explode o "o caso do colar": o joalheiro Bohme reivindica a rainha 1.5 milhões de libras por um colar de diamantes encarregados em nome da soberana pela cardeal de Rohan. Ela não se faz responsável. Insiste de prender o cardeal, ao que acusa de insultar-la ao acharcar-lhe a compra do valor e o escândalo é inevitável. O rei confia o assunto ao Parlamento, que determina que a culpa corresponda a um par de aventureiros, Jeanne Valois de La Motte e seu marido, e desculpa o cardeal de Rohan, enganado, mas inocente. 
A rainha, embora inocente também, é tratada com grande desconsideração pelo povo, ao considerar-la culpada, pelo menos moralmente. Longe de resultar supérfluo, o caso do colar supôs um ponto de inflexão no reinado, que marcaria uma nova etapa de impopularidade e ódio por parte do povo que sentiu insultado pelos baixos negócios de usura e falsificações.
O próprio de Napoleão asseguraria mais tarde que o assunto do colar de diamantes foi um detonante da revolução francesa.

Maria Antonieta tomou consciência, por fim, de sua impopularidade e trata de reduzir seus gastos, especialmente as de sua mansão, o que provocam novas criticas e um grande escandá-lo na Corte quando seus favoritos se vêm privados de sua acusação. Tudo é inútil, já que as criticas continuam e a rainha ganha o apelido de "Madame Déficit".
É acusada de estar na origem da política anti parlamentaria de Luis XVI e de nomear e destruir os ministros. Em 1788 é ela que induz ao rei a despedir ao impopular Loménie de Brienne e substituir por Necker. Já que é muito tarde, Luis XVI havia estava muito fraco.

Já em processo de desatar a Revolução francesa, se difundiu  uma frase que, supostamente, havia pronunciado Maria Antonieta. Conta-se que, quando a gente do povo, a falta de farinha e trigo para preparar pão, foi a Versalhes a encarregar com ela, essa haveria respondido  alternadamente com a frase: "Que comam bolo".
Esse suposto fato causou um grande enojo no povo e contribuiu a que aumentasse o ódio que isso sentia para a rainha. Existem muitas versões que assinalam por que razão Maria Antonieta haveria dito aquilo. Por tanto, já o filosófo contemporâneo suiço Jean-Jacques Rousseau confirma que a frase não foi proferida por ela, mais por outra rainha anterior, Maria Teresa da Áustria não foi proferida por ela, mais também pela rainha anterior, Maria Teresa esposa de Luis XIV; a frase original era "S'ilait aucun pain, donnez-heur a croute ai lieu del paté").
Segundo o biografo austríaco Stefan Zweig, não existe dúvida que essa frase foi atribuída de forma falsa a Maria Antonieta, e que quem realmente pronunciou algo semelhante na mesma época, foi uma das tias da rainha e filhas de Luis XV, que antes das notícias recebidas de que o povo pedia pão, apostilou se não tem pão, que comam massa de bolo. 
Porém o autor Sweig, atribuiu tal frase como parte da campanha de ódio em contra da então rainha da França.
Ainda hoje em dia são muitas das pessoas que consideram a Maria Antonieta como autora da frase citada, embora, segundo a historiadora britânica Antonia Fraser, isso nunca foi dito por Maria Antonieta.


A REVOLUÇÃO FRANCESA DE 1789


maria antonieta e a revolução francesa


Em 1789 a situação da rainha é insustentável. Corre o rumor de que o monsieur (futuro Luis XVIII) havia depositado ilegitimidade dos infantes reais.
O rumor menciona um retiro da rainha em Val-de-Grace. O abade Soulavie, em suas (Memoires Historiques e politques do reinado de Luis XVI, escreve que pensava que Maria Antonieta levaria com ela todas as maldições do povo e que a autoridade real seria, por esse motivo, total e subitamente regenerada e restaurda.
Em 4 de maio de 1789 se abrem os Estados Gerais. Depois da missa de abertura sobe púlpito monsenhor da Fare que, com duras palavras, ataca a Maria Antonieta de la Fare que, com duras palavras, ataca a Maria Antonieta denunciado o luxo desenfreado da Corte e dos que, hasteados desse luxo, buscam o prazer em uma imitação infantil da natureza contado por Adrien Duquesnoy no Journal Sur l"Assemblee constituinte, alusão evidente do Pequeno Trianon.

Em 4 de junho morre o pequeno Luis José. Para evitar gasto se sacrifica no cerimonial na basílica de Saint-Denis. A atualidade política não permite à família real um enterro solene.
Comovida por esse acontecimento e desorientada pelo rosto que tomam os Estados Gerais, Maria Antonieta se deixa convencer pela idéia de uma contra-revolução. Em julho, Luis XVI destitui a Nicker. A rainha queima seus papéis e recolhe seus diamantes, trata de convencer o rei para deixar Versalhes e ir a uma praça forte segura, longe de Paris. Desde o 1 de julho um registro de proscrição circula Paris. Os favoritos da rainha estão em primeiro lugar e a cabeça da rainha tem fixado o preço. Se a acusa de querer para pular o Parlamento com uma bomba e de mandar as tropas sobre Paris.

Em 1 de outubro se produz um novo escândalo: depois de um banquete oferecido aos guardas da Casa Militar, um regimento de Flanders que acaba de chegar a Paris, a rainha é aclamada, as rosetas brancas são é elevada e as tricolores pisoteadas.
Paris está indignado por essas manifestações monárquicas e pelo banque dado quando até o pão lhe falta ao povo.
Em 5 de outubro uma manifestação de mulheres seguiu para Versalhes pedindo pão e dizendo que vão em buscao do "padeiro" (o rei), a "padeira" (a rainha) e o "pequeno aprendiz) (o delfin). No dia seguinte, pela manhã, os amotinados, armados com picos e ameaçam a família real, que se vê obrigada a regressar a Paris escoltada pelas tropas do marques da La Fayette e os amotinados. Durante o trajeto se lançam ameaças contra a rainha e inclusive lhe ensinam uma corda prometendo-se uma farola na capital para pendurá-la.

 A MONARQUIA CONSITITUCIONAL


Em 10 de outubro Luis XVI está de novo em Paris. Com Maria Antonieta decide solicitar a ajuda das monarcas extrangeiras, o rei da Espanha Carlos IV e José II, irmão da rainha. Mais o rei da Espanha responde com evasivas e em 20 de fevereiro de 1790 José II falece. A Favette lhe sugere a rainha como toda frialdade, que se divorcie. Outros falam, quase com descaro, de empreender um processo de adultério e pegar a rainha em flagrante delito com o condo de Fersen.
Breteuil lhes propôs as finais de 1790, um plano de evasão. A idéia é que deixem as Tullerias e se refugiem na praça forte de Montdmedy, próximo da fronteira. A rainha esta cada vez mais só, sobre tudo desde que, em outubro de 1790, Marcy-Argenteau andou da França para ocupar uma nova acusação na embaixada dos Países Baixos, e de que Leopoldo II, o novo imperador ilude suas petições de ajuda. Como monarca filósofo, lhe aconselha a sua irmã que aceite os ditados da nova Constituição. 
Em 7 de outubro uma carta de Mercy-Argenteau dirigida a rainha, pois é representada  como uma prova de sua intenção de vender a pátria a Áustria.


A FUGA DE VARENNES


Em 20 de junho de 1791 se produz a evasão e a infeliz expedição a Varennes. Rapidamente Paris se da conta de que a fuga, embora A Fayette tenta fizer acreditar que o rei foi sido raptado por uns contra revolucionários. A família real, perto de Paris, não se sente muito segura.
Infelizmente, o salão dele leva um retraso de mais de três horas, e assim, quando, chegam ao primeiro lugar de encontro, o relevo de Pont-de-Somme-Vesle, as tropas prometidas retiraram pensando que o rei mudou de idéia.
Pouco antes do meio-dia o bar é fechado em Varennes. O condutor do relevo precedente, em Sainte-Menhould, reconheceu ao rei.
Produzem-se uns momentos de nervosismo, ninguém sabe que fazer, e durante essas lapsus, a multidão chega a Varennes. Por último, a família real ameaçava e em meio de uma situação muito violenta, é devolvida a Paris.
Interrogado em Paris por uma delegação da Assembléia Constituinte, Luis XVI contesta com evasivas. Suas respostas, feitas públicas, chamam a ira do povo, que reivindica a derrubada do rei. 
Maria Antonieta se entrevista secretamente com Antonie Barnave, que quer convencer ao rei para que aceite seu papel de monarca constitucional.
Em 13 de setembro, Luis XVI aceita a Constituição. Em 30 de setembro, a assembléia coinstituicional se desolve e se substitui pela assembléia, embora se faça patentes os rumores de guerra com as monarquias próximas, em primeiro termo, Áustria. O povo se mexe com Maria Antonieta, na qual a qualificam de "monstro feminino" e inclusive de Madame Veto, acusando-a de querer sumir a capital de um banho de sangue.


A VIDA CAPETO  E A MORTE DO REI


Um ano exato depois da fuga, o 20 de junho de 1792, uma turba de aspecto aterrador irrompeu das Tullerias, na qual obrigou ao rei a levar do gorro frigio vermelho para mostrar sua lealdade na revolução; somente para logo insultar a Maria Antonieta, acusando-a de trair a França, ameaçando-a com a morte. em Consequência, a rainha pediu a Fersen a empurrar as potências estrangeiras a invadir a França, e emitir um manifesto no qual essas ameaçaram com destruir Paris se algo acontecesse a família real.
O manifesto de Bunswick, publicado em 25 de julho, desencadeando os acontecimentos do dia 10 de agosto, quando uma grande turba armada se apostou fosse das Tullerias, obrigando a família real a buscar refúgio na Assembléia Legislativa. Uma hora e meia mas tarde, o palácio foi invadindo pela multidão, a qual massacrou aos guardas suíços.
Fruto dele se vota a suspensão provisional, e ambos monarcas são internados no convento dos Feuillants. Ao dia seguinte, a família real é transferida a prisão do Templo em condições muito mais duras que os de seu confinamento prévio nas Tullerias. Ali morreria, quase dois anos mais tarde, seu segundo filho mais velho, aos 10 anos de idade, conhecido como Luis XVII, embora por suposto nunca reinasse.

Umas semanas depois, vários  membros da corte e a família real é interrogada na Comunidade de Paris e presos na prisão de La Force. Depois de um rápido juízo, durante as chamadas matanças de setembro, a princesa de Lamballe, vítima simbólica, covardemente assassinada e sua cabeça se exibem na ponta de um pique, passeando por diante das janelas depois que encontra Maria Antonieta, na qual apesar de evitar ver a cena, desmaiou ao ter conhecimento dessas. Pouco depois, quando já que a guerra tinha começado, a família real fica retida pela convenção.
Em 21 de setembro, a caída na monarquia foi declarada oficialmente, e a Convenção Nacional se converteu no órgão de governo da República Francesa. A família real foi renomeada como os "Capetos". Nos finais de novembro se descobre o "armário de ferro" no qual Luis XVI guarda seus papéis secretos.
O processo, a partir desse momento, é inevitável. 
Em 26 de dezembro da Conversão vota a favor da morte de Luis XVI, que é executado em 21 de janeiro de 1793.

maria antonieta josefa juana


A rainha, agora conhecida como a "viúva de Capeto", fica sumida em um profundo duelo. Ainda mantinha a esperança que seu filho Luis, a quem o conde de Provença reconhecido como novo rei desde o exílio, algum dia governará a França.
Ao longo de sua prisão e até sua execução, Maria Antonieta pode contar com a simpatia das facções conservadoras e grupos sociais religiosos que se haviam voltado contra a Revolução, e também nas ricas pessoas pronta para corromper aos funcionários republicanos com o fim de facilitar sua fuga.
Porém, todos os planos fracassaram. Presos no templo, Maria Antonieta, seus filhos e a princesa Isabel foram insultados, e assediados, chegando inclusive a que alguns guardas fumaram na cara da antiga rainha. Tomaram estreitas medidas de segurança para assegurar que Maria Antonieta não pudesse se comunicar com o mundo exterior; mas, a pesar dessas medidas, vários dos guardas mediaram entre ela e seus aliados no exterior.
Depois da execução de Luis XVI, o destino de Maria Antonieta se converteu em uma questão central para a Convenção Nacional. 
Em 27 de março, Robespierre pergunta, pela primeira vez, diante da Conversão pela sorte da rainha. Enquanto que alguns defenderam sua morte, outros propuseram intercambiar a ela para prisioneiros de guerra franceses o por um resgate do Sacro Império Romano energético.
Thomas Paine defendeu por seu exílio a Estados Unidos. Em abril de 1793, durante o reinado do terror, se formou um Comitê de Salvação Publica dominado por Robespierre, e homens como Jacques Hebert pressionaram por fazer juízo a Maria Antonieta.
Com a idéia de reformar o pensamento do jovem Luis de oito anos de idade, em 13 julho é separado de sua mãe e confiado ao sapateiro Antonie Simon, logo de vans tentativas da rainha por reter a seu filho. Até seu translado desde a prisão, Maria Antonieta passou longas horas tentando ver, tristemente, a seu filho.


PREISÃO DA CONCIERGERIE


Na noite de 1 de agosto, ás 1 da manhã. Maria Antonieta foi mudou-se desde o Temple para uma cela isolada na prisão da Conciergerie, como "prisioneiro n° 280". Ao sair da torre, se golpeou a cabeça contra o lintel da porta, porque um dos guardas lhe perguntou sobre si estava ferida, e ela respondeu:

Não! Agora nada pode fazer-me dano.
Esse se converte no período mais dura de seu confinamento, onde esteva sob vigilância constante, sem privacidade. Durante sua estadia contou com a presença de Rosalie Lamorliere, uma mulher que se preocupou em atender-la e lhe fazer companhia na cela. 
Assim também, ao menos uma vez, recebeu a visita de um sacerdote católico.

A primeira cela de Maria Antonieta na Conciergerie foi instalada na antiga sala de reunião dos carcereiros (uma cela humilde com um berço, uma cadeira de bambu, duas cadeiras e uma mesa).
A cela tinha uma estreita e pequena janela que dava ao jardim das mulheres. A final de agosto se realizou o chamado "Complô da chave", (Le Complot de l'œillet), dirigido por Alexandre Gonsse de Rougeville, para ajudar-la a escapar; embora o plano foi frustrado prantamente devido a que não todos os guardas da prisão foram convencidos de particular. Fruto dela, Maria Antonieta foi levada a uma segunda cela, onde um simplês biombo a separava dos guardas que a guardavam. Posteriormente, Luis XVIII fez fechar com uma parede essa segunda cela e construir uma capela. 
A metade oeste foi anexada na capela real por meio de um local no qual se assegura que Meximilien Robespierre passou suas últimas horas.

 O JUÍZO


Em 14 de agosto de 1793. Maria Antonieta é posta a disposição judicial no Tribunal revolucionário, se prestando como acusador público Fouquier-Tinville. Se o juízo de Luis XVI se havia tentado guardar as aparenças de uma certa equidade, não se fez com o processo a Maria Antonieta. O dossier se prepara a toda pressa: é, a todos luzes, imcompleto, Fouquier-Tinville não consegue encontra todos os documentos de Luis XVI.
Para exagera a acusação. Tinville faz declarar contra sua mão ao delfin, manipulado por seus guardiães revolucionários. Diante do tribunal, o menino acusa falsamente a sua mãe e sua tia, Madame Isabel, de haver incitado a masturbação e de haver obrigado a participar com elas em certos jogos sexuais.
Indignada, Maria Antoneita pede as mulheres do público que a defendem, 
" A natureza nega semelhane acusação feita a uma mãe. Apelo a todas as mães presente na sala". O motim é evitado por pouco.
Se a acusa, assim mesmo, de entender-se com as potências extrangeiras. Como a rainha o nega, Hernann, presidente do Tribunal, a assinala como "a instigadora principal da traição de Luis Capeto", no qual pressupõe um processo por alta traição. O preambulo do ato de acusação declara assim mesmo:

Examinados todos os documentos apresentados pelo acusador público resulta que, a semelhança das Mesalinas, Brunegilda, Fredegunda e Médicis, que foram qualificadas como rainhas da França e cujos nomes, para sempre odiosos, não figuram nos anais da história, Maria Antonieta, viúva de Luis Capeto, tem sido, depois de seu passo pela França, a praga e a sangue-suga dos franceses.

As declarações das testemunhas de acusação resultaram pouco convicente. Maria Antonieta Contesta:

Não fui mais que a esposa de Luis XVI, foi ele que cometeu os erros e ela aceitou sua vontade.

Fouquier-Tinville pede a pena de morte e declara a acusada:
"Inimiga declarada da nação francesa". Os advogados de Maria Antonieta, Tronçon-Ducoudray e Chauveau-Largarde, jovens inexperiente, desconhecendo o dossier, somente puderam ler, em voz alta, algumas notas que puderam redatar.


AS QUATROS PERGUNTAS SE DIRIGEM AO JURADO 



Se tem consciência de que tenham existido manobras e contatos com as potências estrangeiras ou outros inimigos exteriores da República?
As mencionadas manobras e contatos. Tinha como objetivo prover ajuda monetárias, darles entrada ao território francês e facilitar-lhes a compra de armas?

Tem consciência Maria Antonieta da Áustria (...) de haver cooperado nessas manobras e contatos?

Se tem constância de que existe um complô e uma conspiração para conduzir a uma guerra civil no interior da República?

Esta convencida Maria Antonieta de ter participado nesse complô e nessa conspiração?

A essas quatros perguntas  o jurado responde que sim. Maria Antonieta é condenada a pena capital em 16 de outubro, dois dias depois do início, acusada de alta traição. De madrugada escreve uma carta a Madame Isabel, a irmã de Luis XVI:

Acabo de ser condenada, não a uma morte honrosa, mais a na qual se reserva somente para os criminosos, mas vou se reunir com vosso irmão.

 EXECUÇÃO DE MARIA ANTONIETA


a execução de maria antonieta


 

Ao meio-dia do dia seguinte Maria Antonieta é guilhotnada, sem ter querido se confessar com o sacerdote constitucional que havia proposto. O dia de sua execução, enquanto o povo inteiro a vaiava e insultava. Maria Antonieta tropeçou ao subir ao andaime e pisou ao no carrasco que estava a ponto de guilhotinar-la. 
Ela disse:
"Desculpe, senhor, não fiz de propósito."

Maria Antonieta foi enterrada no cemitério de la Madeleine, rua de Anjou-Saint-Honoré, com a cabeça entre as pernas. Seu corpo foi exumado posteriormente em 18 de janeiro de 1815 e transportada a Saint-Denis.
 Esse descargo e pelo que se deduz de uma carta escrita a seu irmão, parece que ela não teve nenhuma influência sobre as decisões políticas tomadas pelo rei.

Eu sei que, sobre todas as questões políticas, não tive nenhum ascendente sobre as idéias ou pensamentos do rei.
Seria prudente para mi o ter com seu ministro algumas entrevistas para tratar de certos assuntos sobre os quais ele está quase certo que o rei não me atenderia?
Sem fazer ostentação alguma e nem mentir, eu deixo acreditar ao povo que tenho mais crédito do que na realidade tenho, porque se acredita em mim, terei ainda menos crédito.
Depois da execução de Maria Antonieta se declarou a guerra entre a França e a Áustria, pondo fim na aliança estabelecida por Bernis e Choiseul, aliança que havia resistido até esse momento.


O TESTAMENTO DE MARIA ANTONIETA 

De volta no calabouço, a rainha da França somente ficou umas antes de ser executada, horas que Maria Antonieta deixou uma última mensagem de amor e de perdão a seus entes queridos. 
Uma carta sublime, grave e comovedora, dirigida a sua cunhada Madame Isabel, que a princesa real nunca recebera, pois foi interceptada e entregada a Robespierre e esteve desaparecida até o ano 1816, no mostraram com motivo da restauração borbônica na França (Luis XVIII):

É para você, minha irmã, que escrevo pela última vez. Acabei de ser condenado, não exatamente a uma morte honrosa, mas à de criminosos, mas tenho o consolo de encontrar seu irmão, inocente como ele espera mostrar a mesma firmeza que ele em seus últimos momentos. Estou calmo porque a consciência não tem nada para nos reprovar, tenho uma dor profunda por abandonar meus pobres filhos, você sabe que só vivo por eles e você, minha boa e terna irmã, você que por sua amizade sacrificou tudo por estar conosco, em que posição ele a deixou! Aprendi com as alegações do processo de que minha filha foi separada de você, OMG! Não ouso escrever para a pobre menina, ela não receberia minha carta, nem sei se ela chegará até você, receberá através dela, para vocês duas, minha bênção. Espero que um dia, por serem ótimos, possa encontrar-se com você e receber toda a atenção deles, que pensem em mim e que não deixe de inspirá-los, que os princípios e o cumprimento exato de seus deveres sejam cumpridos. a base fundamental de sua vida, que sua amizade e confiança mútua são afortunadas para eles, que minha filha sente que, devido à sua idade, ela deve sempre ajudar seu irmão através dos conselhos que a experiência lhe dará mais que ele e a amizade entre eles podem inspirá-lo, que meu filho, por sua vez, dá toda a atenção à irmã, os serviços que a amizade pode inspirar, que sentem que, em qualquer posição em que possam se encontrar , será uma verdadeira sorte para eles que, através da união deles, tomem o exemplo do nosso e também do nosso infortúnio, nossa amizade nos tenha confortado e, com alegria, nos trouxe duas vezes felicidade quando se pode encontrar um amigo e Você consegue encontrar os melhores e mais queridos dentro de sua própria família? Que meu filho nunca esqueça as últimas palavras de seu pai, que eu repito expressamente para ele: "Que ele nunca tente vingar nossa morte". Eu tenho que mencionar algo muito doloroso para o meu coração, eu sei muito bem que essa criança lhe causou muita dor, perdoe-a, querida irmã, pense em quantos anos ele tem e também em como é fácil forçar uma criança a dizer coisas que ele não sabe e que nem entende, chegará um dia, espero, quando ele tiver que lhe retribuir com todas as recompensas possíveis por sua bondade e ternura por elas. Resta confiar-lhe meus últimos pensamentos, gostaria de ter escrito desde o início do processo, mas não me foi permitido escrever, a marcha foi tão rápida que não tive tempo.
Morro na religião católica, apostólica e romana, na religião dos meus pais, na qual fui educado e que sempre pratiquei, sem consolo espiritual, nem sequer procurei se havia sacerdotes dessa religião aqui, os outros Padres (constitucionais), se houver, não vou contar muito. Peço sinceramente a Deus perdão por todos os erros que cometi em minha vida. Espero que, em Sua bondade, Ele tenha prazer em receber meus últimos votos, já que os faço depois de muito tempo, para que Ele receba minha alma em Sua misericórdia e bondade. Peço desculpas a todos aqueles que conhece, a você, minha irmã, em particular, por todas as penalidades que eu possa ter causado inadvertidamente a você, perdoo todos os meus inimigos pelo mal que eles causaram a mim. Aqui, digo adeus a minhas tias e a todos os meus irmãos e irmãs, meus amigos, a idéia de estarem separados para sempre e suas tristezas são uma das maiores dores que lhes dou quando morrem, que sabem, pelo menos, que apenas Até o meu último momento, vou pensar neles. 
Adeus, irmã doce e terna, espero que esta carta chegue às suas mãos! Sempre pense em mim, eu o abraço com todo o meu coração, assim como com meus pobres e amados filhos, meu Deus! Como é doloroso deixá-los para sempre. Adeus adeus! Estou saindo para cuidar de meus deveres espirituais, porque como não sou dono de minhas ações, serei acompanhado por um padre (constitucional), mas protesto aqui que não direi uma única palavra a ele e que o tratarei como um absoluto estranho.
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