A VERDADEIRA HISTÓRIA E BIOGRAFIA DE WILLIAM WALLACE
É bastante difícil escrever uma
biografia real da vida de William Wallace, já que boa parte de sua vida é
extraída de um poema épico escocês escrito por um desconhecido Harry o Cego uns
dois séculos depois de nascer o herói. É lógico, por tanto, pensar que sua
informação possa ser tendenciosa.
William Wallace nasceu em
Elderslie próximo do ano 1274, e era o terceiro filho de Malcolm Wallace, um
proprietário de terras que tinha propriedades e rendas em sua região. O
herdeiro dessas terras seria seu irmão maior, Malcolm, e um pouco de
consequência a vida de William se orientou ao clero.
Foi educado em uma abadia em
Dunipace, não longe de Stirling, na onde era aluno de seu tio paterno,
aprendendo a falar francês, latim, gaélico, e inglês. Ao voltar para sua aldeia
parece que tenha casado com Marion Braidfoot, embora este é detalhe que está
sujeita a discussões por parte dos historiadores.
WILLIAM WALLACE EM ABERDEEN
Mais para entender a
importância de William Wallace exista tem que estabelecer uns antecedentes.
Alexandre III reinou na Escócia desde 1249 até 1286, época de paz e
prosperidade nesse reino.
Depois de sua morte, sua neta
foi a única herdeira, com somente 3 anos de idade, se converteu rainha, mais
existia um problema: havia nascido e vivia na Noruega. Conhecida como
Margarita, a a Dama da Noruega, Viajou para a Escócia para ser coroada, mais a
viagem é longa e já rainha tinha uma saúde frágil. E logo faleceu.
A Escócia se viu sem sua
monarca, e as disputas sobre essa coroa começaram. Isso foi aproveitado pelo
rei do reino vizinho: Eduardo I da Inglaterra aconselhou que coroasse ao melhor
candidato dos muitos existentes, John Balliol.
Não muito tempo depois, quando
Eduardo I comprovou que Balliol não seria o fantoche que ele pensava que ia
ser, mais que se comportava como o rei (e por tanto igual a Eduardo I)
que era, o inglês não fez outra coisa que invadir a Escócia e humilhar aos
escoceses.
Quando em 28 de agosto de 1296 os lideres escoceses juraram lealdade ao rei
inglês carimbando sua assinatura no rolo Trapeiro (Ragman Roll, chamando
assim pela aparência esfarrapada de sua parte de baixo pela quantidade de selos
e adições que tinha), dois dos nomes que não se encontravam nele era os
de Malcolm Wallace de Elderslie e de seu filho menor, William Wallace.
A rebelião se iniciou por
tanto, e a primeira ação conhecida a ciência do futuro herói escocês foi o
assassinato do Xerife de Lanark, William Helserig, em maio de 1297. Uma
história, que parece que pertencesse mais a lenda que a realidade, estabelece
que Wallace tinha uma namorada em Lanark, Marion Braidfoot, e que acostumava a visitar em
segredo.
Em uma ocasião foi avistado
pelos soldados ingleses, que lhe perseguiram até a casa de Marion.
Ela o fez ele sair pela porta de trás para que pudesse escapar. De acordo com
essa história, por certo muito parecido no filme. Helserig ficou nervoso, e ele
mesmo matou a Marion, namorada de William Wallace, ou que ordenou que a
matassem, e depois incendiou sua casa.
Mais provável parece a versão
de que William Wallace simplesmente aproveitou o momento e o lugar (Helserig
estava presidindo as cortes locais) para matá-la a tão odiada autoridade
inglesa na sua região. Seja como fosse, o assassinato do Xerife de Lanark, foi
o sinal dos escoceses para se rebelar contra os ingleses, e para considerar a
William Wallace como seu líder.
Por esse ato de violência foi
declarada como proscrito, para longe de se esconder, seguiu assediando aos
ingleses. Seu seguinte objetivo foi um juiz inglês em Scone, e ali cavalgou
junto com seus homens. Embora possa escapar, deixou depois de si um apreciável
tesouro que colocou nos bolsos dos escoceses. A rebelião já não podia parar.
Pouco depois, um nobre, Sir
Andrew de Moray, se uniu as forças de William Wallace.
WILLIAM WALLACE NA BATALHA DA PONTE DE STIRLING
Em 11 de setembro de 1297,
Wallace e Moray obtiveram uma grande vitoria sobre os ingleses na Batalha da
Ponte de Stirling. O conde de Surreyy, John de Warenne, comandada um exército
de uns 3.000 cavaleiros e umas 10.000 unidades de infantaria, mais nada puderam
fazer nada contra os 5.000 oponentes, e sobre tudo, contra a astúcia do nosso
herói.
Embora Jonh de Warenne fugiu, os escoceses obtiveram um saque mais
satisfatório; capturaram ao arrecadador de impostos, Hugh de Gressingham, um
homem obeso ao que mataram e arrancaram seu pé e a picaram, e a repartiram para
que fosse um símbolo da liberdade contra a odiada autoridade inglesa.
Ainda sobrou pele para que William Wallace fabricasse uma funda para sua
espada. A semente da possível vitória já se havia instalado na mente dos
escoceses.
WILLIAM WALLACE GUARDIÃO DA ESCÓCIA
Posteriormente as cidades de
Edimburgo foram tomadas, Roxburgh e Berwick, e incendiaram outras cidades ao
sul do rio Forth.
William Wallace e Andreww de
Moray, conjuntamente, assumiram o governo da Escócia, na ausência do legítimo
rei, Jonh Balliol, que estava preso em Londres. Moray morreu pouco depois, por
uma ferida recebida na Batalha da Ponte de Stirling, e William Wallace,
respondendo o desejo de vingança do povo, liderou uma expedição para a
Inglaterra.
Invadiu cidades como
Cockermouth no oeste e Newcastle no leste, mais quando tentou com Durham, uma
tempestade de neve nunca vista nesses lados o parou. Seus homens pensaram que
já tinha suficiente, e que São Cuthbert, padroeiro da tal cidade, estava
protegendo a cidade. Voltaram para a Escócia, na sua amada terra de esperavam a
William Wallace duas grandes honras: O nomearam Cavaleiro (Sir William
Wallace), e também Guardião da Escócia, Como Guardião, não somente lhe
correspondia supervisar o governo da Escócia, mais também que devia se preparar
para uma represália do rei inglês, e está não demorou em acontecer.
WILLIAM WALLACE NA BATALHA DE FALKIRK
Essa vez nada podia sair mal,
pensou Eduardo I, Ordenou a seu exército, que incluía 10.000 unidades da
cavalaria pesada, que se unissem a ele em Roxburgh.
Estiveram buscando a William Wallace, que se escondia, durante um mês, tempo no
qual os subministros começaram a ficar escassos.
Depois desse tempo, em
Linlithgow, Eduardo I decidiu que não tinha mais opção de se retirar para
Edimburgo e talvez abandonar a busca, mais dois condes escoceses fiéis ao
inglês traíram ao seu país e a William Wallace, e revelaram ao rei inglês a
localização do Guardião da Escocês; estava em Falkirk, a somente a 28
quilômetros.
Pela noite antes da batalha, Eduardo estava tão preocupado de que William
Wallace lançasse um ataque por surpresa que ordenou que seus homens dormissem
debaixo de seus cavalos. Durante essa noite, seu próprio cavalo o pisoteou e
quebrou algumas de suas costelas.
As noticias dessas feridas
provocaram o pânico entre eles, que com a luz do dia deu ordem para o ataque.
Nem sequer esperaram para que seus homens tomassem o café da manhã.
EDUARDO I DA INGLATERRA
Se bem que é certo que desde a
Batalha da Ponte de Stirling, em setembro de 1297, até a batalha de Falkirk, em
julho de 1298, William Wallace havia instruído aos seus homens as artes do
combate e a tática militar, e que de fato a estratégia nessa última
batalha colocou em sérios problemas aos ingleses. o correto é que os escoceses
careciam da cavalaria, e por tanto não puderam fazer rente a arma secreta de Eduardo
I: os arqueiros de longo alcance galeses, que destroçavam os peitos até que não
puderam fazer frente a cavalaria inglesa. William Wallace teve que fugir.
A CAPTURA E EXECUÇÃO DE WILLIAM WALLACE
Pouco se sabe de sua vida
durante os anos seguintes, embora pareça claro que viajou para a França e
conversou com Felipe IV, pedindo ajuda contra o invasor inglês. Uma carta que
sobreviveu de novembro de 1300 parece demonstrar.
Também pode ser que viajou para
Roma, para pedir ajuda ao Bonifacio VIII, e a Noruega, onde lembrou aos antigos
laços existentes entre os dois reinos, pode pedir também auxílio a Haakon
V.
Os esforços foram em vão, e em
1304 Wallace, ocultou em um barco de mercadoria francês, voltou para a Escócia
para reorganizar a resistência. Porém, outra vez teve que sofrer com a traição:
seu esconderijo foi revelado e em 5 de agosto de 1305 foi capturado próxima a
Glasgow e, preso, foi enviado para Londres, onde lhe acusaram de todo tipo de
crimes, desde o assassinato do Xerife de Lanark até a alta traição a Eduardo
I.
Ele se defendeu dizendo "não posso ser um traidor a Eduardo, já que nunca
fui seu súdito". Nunca assinou no Rolo de Trapeiro, e por tanto, nunca
havia jurado lealdade ao rei inglês, mais por tanto foi sentenciado sem
possibilidade de defesa.
Sua execução foi
particularmente horrível. Foi arrastado pelas ruas até a forca, onde foi
pendurado, e por sua suposta traição, ainda com vida, lhe abriram, e tiraram e
queimaram seus intestinos, para finalmente lhe cortar a cabeça. Essa foi
conservada submergida em alcatrão e pendurada na Ponte de Londres, a suas
quatros extremidades foram enviadas a Newcastle, Berwick, Perth e Stirling.
Havia morrido o homem, havia nascido o mito. Nova anos depois, o rei Robert The
Bruce, invocando o nome de William Wallace, obteve uma decisiva vitória sobre
os a Inglaterra na Batalha de Bannockburn.
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